O Congresso Estadual da Renovação Carismática Católica – RCC teve
como último pregador o arcebispo de Fortaleza Dom José Antonio que
presidiu a celebração eucarística. Na homilia Dom José saudou os “filhos desta graça” e entusiasmou a todos com suas palavras de gratidão a Deus e incentivo à propagação desta graça através da evangelização.
“Existe uma forma divina de compreender a vontade de Deus. Jesus
precisa ser conhecido não só com os olhos da carne mas com a visão interior
porque Ele não é apenas um grande profeta, mas o próprio Deus”, explica
Dom José. “Conhecemos coisas de Deus que o mundo não conhece, porque Deus nos abriu os olhos da alma. Talvez
fizemos a experiência de ser católico apenas por tradição, não
suficiente para enfrentar as realidades profundas da vida com suas
dificuldades. Mas Deus nos deu a conhecer com profundidade seu Filho”.
O arcebispo fez uma advertência a partir da Liturgia da Palavra do dia: “não podemos nos assoberbar, como diz o Apóstolo Paulo. A
fragilidade humana não nos deixa, ela mesma, nos acompanha para
dizer-nos que tudo existente de bom em nós é graça de Deus. Não é nosso merecimento. É graça de Deus conhecer Jesus com os olhos espirituais”.
40 anos de sangue e água
“Celebrar 40 anos da existência da RCC significa recordar e agradecer a experiência de Deus na vida de tantas pessoas que através desta graça puderam viver a vida cristã de um modo novo”, disse.
O momento mais tocante do ensinamento do arcebispo se deu quando ele
explicou o significado das bodas de rubi. “Eu fiz ano passado bodas de
rubi de padre e fui estudar o significado. O rubi é uma pedra que possui
muito simbolismo. Ela é cor de sangue, mas olhando bem pra ela tem
reflexos de água. Água e sangue. Sangue e água. Lembra o quê? Estes
40 anos da RCC no Ceará significam que assim como Jesus derramou
sangue e água na cruz assim também nós somos chamados a derramar- nos
até a ultima gota por amor a Jesus. Sangue e água que devem sair de nós
para saciar o mundo”.
“O sangue e água saíram do coração de Jesus quando Ele foi ferido
pela lança do soldado. Muitas vezes contagiaremos o mundo quando somos
feridos pela lança e continuamos a amar. Assim seremos como Jesus que na cruz entrega o Espírito“, conclui o arcebispo.
Vanderlúcio Souza – Seminarista da Arquidiocese de Fortaleza
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