quarta-feira, 27 de junho de 2012

CASTIDADE – segredo de uma boa amizade

“A Castidade é uma virtude moral. É também um dom de Deus, uma graça, um fruto da obra espiritual. O Espírito Santo concede o dom de imitar a pureza de Cristo àquele que foi regenerado pela água do Batismo.”  – conforme está no Catecismo da Igreja Católica, no parágrafo 2345.
A castidade hoje, é vista como o principal fator que falta nas amizades, pois cada vez mais o mundo tem sujado, estragado e distorcido esta maravilha criada pelo próprio Deus, que é a sadia convivência, seja ela entre pessoas do mesmo ####, ou de ####s diferentes.
“A amizade representa um grande bem para todos e conduz à comunhão espiritual.”
Sabemos o quanto a amizade é importante na nossa caminhada, a Palavra de Deus vai dizer: “Um amigo fiel é uma poderosa proteção, quem o achou, descobriu um tesouro.”(Eclo 6,14), por isso devemos valorizar nossas amizades, cultivá-las e santificá-las.
“Quem teme ao Senhor, orienta bem sua amizade, como ele é, tal será o seu amigo.”
(Eclo 6,17)
Nós homens precisamos sempre ter claro em nossa mente, que necessitamos da amizade pura e sincera das mulheres, isso porque Deus usa da presença feminina para nos fecundar, para tocar em muitas potencialidades masculinas que temos, mas que estão retidas e, que só a presença feminina em nossa vida, é capaz de trazê-las à luz. Com isso nos tornamos mais homens, homens de Deus.
Assim também digo para as mulheres, pois elas também precisam da presença masculina em sua vida, para ser fecundado todo o potencial feminino que têm guardado dentro delas, e que precisa vir para fora para que se tornem mais mulheres, mulheres de Deus.
“O homem se torna mais homem pela presença fecundante da mulher. Você que é mulher se torna mais mulher pela presença fecundante do homem” 
(Pe Jonas Abib).
Como, então, ter uma amizade casta e verdadeira? Acredito que uma amizade casta acontece à medida que nós, em particular, sabendo de nossas impurezas, nossas limitações e fraquezas, damos passos rumo ao nosso processo de cura interior, até para que sejamos mais felizes, tenhamos paz em nosso interior e, nos relacionemos melhor com o nosso próximo, pois muito de nós precisamos de cura interior para podermos conseguir dominar nossos atos, pois eles podem ser conseqüência de coisas mal resolvidas em nosso interior, como feridas não curadas ou mal cicatrizadas.
“Castificando” nossas intenções, nossas conversas, nossos olhares, nossos abraços, enfim tudo o que envolve uma amizade, nós seremos mais livres, mais felizes e, com isso nossas amizades terão mais “sabor”, pois as pessoas que convivem e que se relacionam conosco, poderão tocar nesta graça da pureza de Cristo que estará latente em nós.
Castidade em nossas amizades, vamos juntos levantar essa bandeira também!
Deus te abençoe.
Grande abraço,
Dunga

As mãos de Maria







No Calvário, junto à cruz, estava de pé Maria. Nessa hora, uma das últimas preocupações de Jesus foi a de confiá-la ao apóstolo João. : “Eis aí tua mãe”.  O próprio evangelista nos testemunha que “dessa hora em diante… a levou para a sua casa” (Jo 19,27).Segundo uma antiga tradição, após a morte e ressurreição do Senhor, quando cresceu a perseguição contra os cristãos, na Palestina, João levou Maria Santíssima para a cidade de Éfeso, na Ásia Menor – hoje, pertencente à Turquia. Não se sabe ao certo quanto tempo eles moraram ali. 

Dessa permanência temos hoje uma “relíquia”: parte da casa onde a Mãe de Jesus morou.No século treze, passando por Éfeso os cruzados construíram uma pequena capela ao lado dessa casa. O local ficou depois abandonado por muito tempo até que, no final do século dezenove, foi reencontrado por religiosos e religiosas que seguiam a espiritualidade de S. Vicente de Paulo († 1660). Haviam saído da França, pois tinham ouvido falar da existência dessa Casa de Maria, ali; depois de muito procurarem por ela, desanimados, já pensavam voltar a seu país, quando fizeram a descoberta. 

Então, no altar da capela construída pelos cruzados, colocaram uma imagem de Nossa Senhora das Graças – isto é, aquela imagem que foi feita a partir das descrições de Santa Catarina Labouré († 1876), também ela religiosa na Congregação fundada por S. Vicente: Maria pisa a serpente sobre o globo terrestre e de suas mãos estendidas desprendem-se raios de graças.Do começo da Primeira Guerra Mundial, até alguns anos depois da Segunda, a Casa de Maria ficou novamente abandonada. Nessa época, pessoas desconhecidas tiraram as mãos da imagem e, segundo o que ali se conta, as jogaram no vale logo em frente. E é assim que ainda hoje se encontra a imagem de Nossa Senhora, em Éfeso: sem mãos.De início, fiquei chocado com a cena: a imagem de Nossa Senhora, a Mãe de Jesus, de braços abertos, acolhendo os peregrinos (cerca de um milhão por ano), mas sem as mãos! Não é fácil aceitar essa situação, mesmo em se tratando de uma imagem. Afinal, as mãos de Maria Santíssima acariciaram Jesus, prepararam sua comida e lavaram sua roupa. Foram elas que apoiaram o Filho de Deus para que ele aprendesse a andar, a comer e a escrever. As mãos de Maria estiveram sempre em função de Jesus e – supremo gesto de dor e de amor! – receberam seu corpo, quando foi tirado da Cruz. Por tudo isso, as mãos de Maria poderiam dar origem a um belo poema. 

Em Éfeso, contudo, sua imagem ficou semidestruída, amputada, sem mãos. Não sei o motivo por que nunca quiseram providenciar-lhe outras. E não será agora que o farão, já que os peregrinos se acostumaram a vê-la assim, e fazem questão de levar para suas casas uma reprodução que lhes lembra justamente isso: Maria está sem mãos!Procurando fazer a leitura desse fato, concluí que ele é rico de ensinamentos, especialmente para as mães de nosso tempo.As mãos de Maria, hoje, são as mãos das jovens que, no dia do casamento, esperam que seus esposos nelas coloquem a aliança. São as mãos das religiosas que se cruzam num gesto de consagração ao Senhor. São as mãos das enfermeiras que, num hospital, apertam o braço de um doente terminal, procurando transmitir-lhe conforto.

 São as mãos das mães que trocam a roupa dos filhos irrequietos. São, também, as mãos das operárias que cuidam do tear e as das agricultoras que preparam a terra para receber a semente.A imagem de Maria, em Éfeso, não tem mãos. Mas ela própria tem milhares, tem milhões de mãos pelo mundo afora. Através delas, Maria continua abençoando, amparando e confortando a Jesus, que hoje tem o rosto do menino de rua e da criança da catequese, do aluno curioso e da criança que cedo ficou órfã, do filho brincalhão e da garota estudiosa.Para algum peregrino de Éfeso poderá ser motivo de surpresa encontrar uma imagem de Maria sem mãos. Para cada mulher que assim a vê, e, particularmente, para cada mãe, é um renovado apelo a emprestar-lhe suas mãos para que, com elas, Maria continue hoje, pelos caminhos do mundo, servindo a seu Filho Jesus.Dom Murilo KriegerArcebispo de Salvador



Jovens se sentirão atraídos ao sacerdócio vendo presbíteros coerentes






Foi apresentado nesta segunda, 25, na Santa Sé o documento "Orientações pastorais para a promoção das vocações ao ministério sacerdotal", que assinala que o testemunho coerente e feliz dos presbíteros é um dos requisitos necessários para que mais jovens se sintam atraídos à vocação sacerdotal.


Na apresentação participaram o Prefeito da Congregação para a Educação Católica, Cardeal Zenon Grocholewski, junto de Dom Jean-Louis Brugués e Dom Angelo Vincenzo Zani, secretário e subsecretário deste dicasterio respectivamente.
O Cardeal Grocholewski afirmou que "o cuidado das vocações ao sacerdócio, é um desafio permanente para a Igreja". Nesse sentido, o documento, que consta de três partes, examina a situação atual das vocações e a pastoral encarregada delas, analisa a identidade do ministério sacerdotal e propõe sugestões para a animação pastoral das vocações.


A primeira parte assinala que a diminuição demográfica e a crise da família, a difusão da mentalidade secularizada, assim como as difíceis condições de vida e do ministério do sacerdote, são razões que contrastam a pastoral vocacional, evidentes, sobre tudo nas Igrejas de antiga tradição cristã do Ocidente: "Considerando estas dificuldades se enumeram as condições necessárias para que a graça do chamado encontre um terreno fértil na Igreja e na abertura dos jovens à vocação sacerdotal: encontrar um terreno fecundo de vida cristã na comunidade eclesiástica; a função insubstituível da oração; o valor da pastoral integrada; um novo impulso de evangelização e missão; o papel central da família; o testemunho coerente e feliz dos presbíteros; a eficácia educativa das experiências de voluntariado; o valor das escolas e universidades", assinalou o Cardeal. Por sua parte, Dom Bruguès advertiu de "a tendência a uma transformação progressiva do sacerdócio em profissão ou ofício" que pode acompanhar a "periculosidade do ativismo exasperado; o crescente individualismo que, com não pouca frequencia, encerra o sacerdote em uma solidão negativa e deprimente; a confusão de funções na Igreja que se determina quando se perde o sentido da diferença de competências e de responsabilidades e não se conjuga os esforços para a colaboração na única missão confiada ao Povo de Deus".


 Diante do quadro, o bispo recordou que a vocação ao sacerdócio se emoldura "no âmbito do diálogo de amor entre Deus e o ser humano", que embora igual ao da vocação à vida cristã, "assume os traços característicos da chamada a uma relação típica, estável e muito exigente com Jesus mesmo, modelo único do sacerdócio do Novo Testamento". "Esta relação, nova e específica com Jesus, faz entrar em chamado em uma relação igualmente nova e específica com a comunidade cristã", afirmou. O documento assinala que para uma adequada formação sacerdotal é necessária "uma prolongada experiência de vida comunitária para evitar novas formas de clericalismo, situações de centralizações pastorais inoportunas, serviços pastorais em part-time, escolhas ministeriais ajustadas às necessidades individuais, incapazes duma visão de conjunto e de unidade da comunidade.". 


Do mesmo modo, o documento indica que "a integração e a maturação afetiva são uma meta necessária para saber acolher a graça do Sacramento”. “Sem dúvida, a vida de cada sacerdote e de todo o presbitério diocesano, capaz de forjar a imagem ideal do sacerdote e as condições do seu ministério na vida ordinária também através da sua visibilidade, favorece o caminho de crescimento do chamamento à vocação presbiteral”, afirma o texto. “Os exemplos de sacerdotes, venerados como santos, contribuem muito ao encorajamento e à generosidade dos “vocacionados””, recorda ainda a guia de orientações. Ao final da apresentação, Dom Zani indicou que este documento reitera "que o campo fecundo da semente vocacional é uma comunidade cristã que escuta a Palavra, reza com a liturgia e testemunha a caridade". 


O texto, indicou o prelado, "dirige a toda a Igreja um chamado a reatar com confiança seu compromisso educativo para a acolhida do chamado de Deus ao ministério sacerdotal, que ainda hoje devemos considerar difundido por sua Providência, e adequado às necessidades eclesiásticas e da evangelização do mundo".

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por
ACI Digital

Santo Padre dá novo sinal à reconciliação com a Fraternidade São Pio X


O Papa Bento XVI nomeou o Arcebispo Augustine Di Noia como novo Vice-presidente da Pontifícia Comissão "Ecclesia Dei", a designação foi considerada pela Congregação para a Doutrina da Fé como um sinal do forte desejo do Santo Padre por chegar à reconciliação com a Fraternidade Sacerdotal São Pio X.

"A nomeação de um prelado de alto nível neste posto é um sinal da solicitude pastoral do Santo Padre pelos católicos tradicionalistas em comunhão com a Santa Sé e de seu forte desejo de reconciliação com aquelas comunidades tradicionalistas que não estão em comunhão com a Sé de Pedro. O presidente da Comissão, é o Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o Cardeal William J. Levada", indicou o dicasterio em uma nota divulgada esta terça-feira pelo Vatican Information Service.

A nota recordou que a Pontifícia Comissão "Ecclesia Dei" foi fundada em 1988 pelo Beato João Paulo II para "facilitar a ‘plena comunhão eclesiástica de sacerdotes, seminaristas, comunidades religiosas ou indivíduos até agora ligados de distintas formas com a Fraternidade fundada pelo arcebispo Lefebvre’ e para promover a atenção pastoral dos fiéis que seguem a antiga tradição litúrgica latina da Igreja Católica".

"Em 2009, a Pontifícia Comissão se vinculou estruturalmente com a Congregação para a Doutrina da Fé para tratar as questões doutrinais no diálogo permanente entre a Santa Sé e a Fraternidade Sacerdotal São Pio X".

"O arcebispo Di Noia, respeitado teólogo dominicano, dedicou muita atenção a estas questões doutrinais, assim como à prioridade da hermenêutica da continuidade e a reforma na correta interpretação do Concílio Vaticano II; uma área de importância crítica no diálogo entre o Santa Sé e a Fraternidade Sacerdotal. Sob a direção do Cardeal Levada, com a assistência de Dom Guido Pozzo, secretário da Pontifícia Comissão, este diálogo tem sido constante durante os últimos três anos".

"Previamente, o arcebispo Di Noia havia sido secretário da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, na qual junto com o prefeito, o cardeal Antonio Cañizares, supervisou a reorganização do dicasterio e a preparação de um novo ‘Regolamento’ seguindo as indicações do motu proprio ‘Quaerit Semper’ de Bento XVI (30 de agosto de 2011)".

"A experiência e a contínua colaboração do arcebispo Di Noia com a Congregação para o Culto Divino facilitará o desenvolvimento de determinadas disposições litúrgicas durante a celebração segundo o 'Missale Romanum' de 1962".

Do mesmo modo, a nota aparecida hoje no Vatican Information Service  indica que "o amplo respeito de que goza o arcebispo Di Noia na comunidade judia contribuirá a solucionar alguns problemas que surgiram no âmbito das relações católico-judias durante os progressos do caminho para a reconciliação das comunidades tradicionalistas".


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por
ACI Digital

Família: lugar insubstituível da iniciação à vida cristã








Dentro de qualquer projeto de evangelização, a família cristã deve ocupar um espaço privilegiado. Muitas são as famílias esperando pelo evento salvífico de Jesus Cristo. Abrir as portas e os corações dos casais e famílias afastados da comunidade eclesial à proclamação do Evangelho é um desafio e um compromisso do qual não se pode fugir.
A missão evangelizadora é de todo o Povo de Deus. “Evangelizar constitui, de fato, a graça e a vocação própria da Igreja, a sua mais profunda identidade. Ela existe para evangelizar” (EN, 14). A evangelização, contudo, encontra seu primeiro foco ou centro de irradiação na família: ela é ao mesmo tempo sujeito e objeto de evangelização (cf. Puebla, 569).
Olhando para a realidade da família hoje e para os “novos tipos” de família que vão surgindo, urge uma radical transformação no modo de evangelizá-las. Meios utilizados em outros tempos para o anúncio de Jesus Cristo já não alcançam a mesma eficácia de antes. Até a família, chamada a transmitir a fé e os valores perenes, já não possui o mesmo fôlego de outras épocas para cumprir esta missão indispensável. “A mudança de época exige que o anúncio de Jesus Cristo não seja mais pressuposto, porém, explicitado continuamente” (Doc. 94 – CNBB, n. 39).
Uma efetiva iniciação à vida cristã começa já no seio materno. Ao transmitir a vida a um filho, o amor conjugal produz uma pessoa, nova, singular, única e irrepetível. Neste momento começa para os pais o “ministério” da evangelização (cf. Puebla, 584).
No coração do anúncio está Jesus Cristo, professado e testemunhado. A família transmite a fé que vive. Os pais não podem transmitir aquilo em que não acreditam e que não vivem. Não se pode transmitir o Evangelho, se na base não houver o desejo de viver com Jesus, no Espírito, a experiência do Pai.
Para educar os filhos na fé e ajudá-los a conhecer Jesus Cristo, fascinar-se por Ele e optar por segui-Lo, é necessário que os pais façam a experiência do encontro pessoal com Cristo.
Portanto, transmitir a fé significa, sobretudo, transmitir o Evangelho que permite conhecer Jesus Cristo, Filho de Deus. Ao exercerem esta missão, os pais deveriam interrogar-se continuamente sobre a qualidade da sua fé, sobre o modo de serem cristãos, de serem discípulos de Cristo enviados a anunciá-Lo à sua família e à sociedade.
No interior de uma família que tem consciência desta missão, todos os seus membros evangelizam e são evangelizados. Assim sendo, a família cristã é a primeira comunidade chamada a anunciar o Evangelho à pessoa humana em crescimento e levá-la, através de uma catequese e educação progressiva, à plenitude da maturidade humana e cristã.
Imagem da família divina, a família cristã procura imitar a família de Nazaré, lugar onde crescer em sabedoria e graça de Deus (cf. Lc 2, 40), onde fortalecer a fé, a esperança e o amor, onde criar espaço para a oração e o diálogo, onde a fraternidade aconteça e a dignidade de todos seja respeitada.
Convido as famílias cristãs a render graças a Deus pela evangelização recebida e, ao mesmo tempo, a que prossigam com entusiasmo na missão de evangelizar. Os esposos evangelizando-se mutuamente, os pais evangelizando os filhos, os filhos evangelizando os pais; enfim, famílias inteiras evangelizando outras famílias com renovado ardor missionário e apostólico.
Jesus, Maria e José, abençoem as famílias, fortalecendo-as na coragem de ousar novos caminhos na transmissão da fé.



Dom Nelson Westrupp, scj
Bispo Diocesano de Santo André

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Santidade: vida e missão


Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém/PA
Assessor eclesiástico da RCCBRASIL
Santidade é vocação de todos os cristãos, sem exceção. A redescoberta da Igreja como um povo unido pela unidade do Pai e do Filho e do Espírito Santo, não pode deixar de implicar um reencontro com sua santidade, entendida no seu sentido fundamental de pertença àquele que é o Santo por antonomásia, o três vezes Santo (cf. Is 6,3). Professar a Igreja como santa significa apontar o seu rosto de Esposa de Cristo, que a amou entregando-se por ela precisamente para santificá-la (cf. Ef 5,25-26). Este dom de santidade é oferecido a cada batizado. Mas, o dom gera um dever, que há de moldar a existência cristã inteira: “Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação” (1Ts 4,3). É um compromisso que diz respeito aos cristãos de qualquer estado ou ordem, chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade. Significa exprimir a convicção de que, se o Batismo é um ingresso na santidade de Deus através da inserção em Cristo e da habitação do seu Espírito, seria um contrassenso contentar-se com uma vida medíocre (cf. Novo Millenio ineunte 30-31).
A formação da cultura dos povos é marcada positivamente pela presença da Igreja e por homens e mulheres que se elevam pelo seu comportamento e suas opções de vida, mostrando que efetivamente é possível sair da rotina do “mais ou menos”, para ser daqueles que confirmam que uma alma que se eleva, eleva o mundo. Tenho descoberto esta santidade em homens e mulheres que a testemunham na fidelidade ao Evangelho, na coerência de suas opções e na estatura com que enfrentam as dificuldades da vida. Há que abrir os olhos e descobrir tais pessoas, vendo-as como provocação positiva ao risco de acomodamento que nos cerca continuamente.
A Igreja reconhece publicamente a santidade, com o que chama “beatificação” e “canonização”. Hoje o Brasil já conta com diversas pessoas assim reconhecidas, entre cristãos leigos, religiosos ou sacerdotes, crianças, jovens e adultos, confessores da fé e mártires. São homens e mulheres cuja santidade heroica merece ser posta diante dos olhos do mundo. Não nos envergonhemos de dizer que os cristãos têm para oferecer ao mundo o que existe de melhor em humanidade. Não nos furtemos à responsabilidade de superar as falhas humanas existentes com a virtude comprovada e testemunhada. Nosso tempo tem direito a receber dos cristãos a oferta da santidade. Ao reconhecer que o mistério da iniquidade se encontra presente no meio do mundo e também entre os cristãos, continue como referência a medida alta da santidade!
No período em que nos encontramos, chamado pela Igreja de “tempo comum”, as verdades do Evangelho são mostradas a todos pelo testemunho dos santos e santas que se consagraram a Cristo e são sinais luminosos de luta e de perfeição, além de reconhecidos como valorosos intercessores para aqueles que acreditam “na comunhão dos santos”, como dizemos na profissão de Fé. E, como sempre acontece, os santos de maior devoção geraram cultura e hábitos na sociedade. Multiplicam-se as festas patronais em nossa região, muitas pessoas retornam a sua terra natal para as férias que se aproximam e para se alimentarem de legítimas e positivas tradições religiosas que contribuem para que se tome consciência de que não nos inventamos a nós mesmos, mas somos tributários de uma magnífica herança, como tocha da grande olimpíada da vida a ser mantida acesa e passada às sucessivas gerações. São conhecidos de forma especial os santos do mês de junho, Santo Antônio, São João Batista e São Pedro. São figuras que geraram cultura popular entre nós.
Ponho em relevo, de modo especial, a figura de São João Batista, cujo nome, vida e missão são reconhecidos pela tarefa que a Providência divina lhe confiou, como Precursor da chegada do Messias, aquele que mostrou presente o Salvador do mundo, pregador da penitência, capaz de abrir nos corações humanos a estrada, para que chegasse aquele “que tira os pecados do mundo”, como foi por ele mesmo apresentado (cf. Jo 1,29).
Um dia, Jesus recebeu emissários de João Batista, com a pergunta sobre sua identidade de Messias. De fato, João se revelou sempre radical em suas escolhas e profundamente honesto em seu desejo de fidelidade à missão recebida. Mandou-lhe a magnífica resposta: “Ide contar a João o que estais ouvindo e vendo: cegos recuperam a vista, paralíticos andam, leprosos são curados, surdos ouvem, mortos ressuscitam e aos pobres se anuncia a Boa-Nova. E feliz de quem não se escandaliza a meu respeito!” (Mt 14,4-5). Às multidões de ontem e de hoje Jesus fala sobre João Batista: “Que fostes ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? Que fostes ver? Um homem vestido com roupas finas? Olhai, os que vestem roupas finas estão nos palácios dos reis. Que fostes ver então? Um profeta? Sim, eu vos digo, e mais do que profeta. Este é de quem está escrito: Eis que envio meu mensageiro à tua frente, para preparar o teu caminho diante de ti (Mt 14, 7-10).
Viver para servir, ser honestos na procura da verdade e coerentes no comportamento! Com exemplos de tal quilate descobrimos o quanto é bom viver para servir e amar. A vida e missão de João Batista, unidas à sua oração fervorosa, nos façam acolher as verdadeiras alegrias vindas do Salvador e nossos passos se dirijam no caminho da salvação e da paz.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Semanas missionarias Diocese de Iguatu


Irmã(os)
Paz e Fogo no coração!

A RCC Diocese de Iguatu está se preparando para viver um forte momento missionário. Em sintonia com o que nos pedem nossos Bispos, a partir do Documento de Aparecida, queremos contribuir para que a Igreja viva em estado permanente de missão. Nesse sentido, o Conselho Nacional, Estadual e Diocesano da RCC está propondo, para o 2º semestre de 2012, a realização de Semanas Missionárias
Como solicitamos na ultima reunião do Conselho Diocesano - Iguatu, 5 (cinco) jovens para missão da Semana Missionária da nossa Diocese.
Estamos nos organizando para que a mesma aconteça na cidade de Orós nos dias 07, 08 e 09 de Setembro.
Por esse Motivo Gostaria de convoca-los para sua primeira Formação que será nos dias 11 e 12 de Agosto na cidade de Icó a acontecerá paralelo a nossa Reunião do Conselho Diocesano que já estava agendada. Por graça, nós Coordenadores também participaremos em um momento dessa Formação, portanto você irmão coordenador não falte e não deixe de enviar seus missionários.
 Temos algumas informações importante a respeito desses missionários, preste bastante atenção.
Os missionários devem:
o   Ter pelo menos 1 ano perseverando no GO;
o   Ter Seminário de Vida no Espírito Santo;
o   Concluir a Formação da Semana Missionária.

Por favor confirmar presença.
Um forte abraço.


Micaela Bandeira RCC/SMSB

Dia mundial do Circo e do Teatro


No dia mundial do Circo e do Teatro, te convidamos a rir, e rir muito, com o Beato João Paulo II.
Como é bom relembrar e reafirmar a importância de cultivar a cidadania pela arte e a cultura.

Castidade, os jovens católicos conseguem! Os padres também conseguirão viver o celibato..


Hoje queremos rezar por todos os sacerdotes, em especial por aqueles que estão se deixando cair em tentação. A igreja não está exigindo o impossível. Se o Jovem católico consegue viver a castidade, o padre também consegirá viver o celibato.
Um padre que quer viver uma vida igual a de todos, terá uma vida igual a de todos. Mas um padre que quer viver uma vida diferente, como Jesus o fez e o chamou a fazer, deverá ter uma vida mística e ascética.
Reze pelo padre que caminha com você, compartilhe este vídeo, para que os padres continuem firmes na fé.
O celibato sacerdotal, que a Igreja guarda desde há séculos como brilhante pedra preciosa, está sendo desafiado por muitos como algo impossível de se viver nos dias de hoje.” (Pe. Paulo Ricardo)


Publicado em 19/04/2012 por 
O sacerdócio católico vive um processo de metamorfose não só no Brasil, mas, no mundo todo. Cada vez mais os sacerdotes são levados a agir como leigos, deixando de lado as práticas de ascese e oração que são a base para bem viver o celibato. A alegação é de que celibato não é mais possível nos tempos atuais e que se trata de algo impossível de se vivenciar.

É um engano demoníaco e mais uma manobra para a protestantização da Igreja Católica, pois, o novo modelo de sacerdote proposto nada mais é que uma cópia do pastor protestante. Este sim um funcionário do povo, cuja vida não se distingue em nada da vida dos seus fiéis. O que se vê, então, é a velha heresia protestante sendo colocada em prática novamente. O Catecismo da Igreja Católica é bem claro ao diferenciar o sacerdócio ministerial do sacerdócio comum dos fiéis:

"O sacerdócio ministerial difere essencialmente do sacerdócio comum dos fiéis porque confere um poder sagrado para o serviço dos fiéis. Os ministros ordenados exercem seu serviço com o povo de Deus por meio do ensinamento (munus docendi: "encargo de ensinar"), do culto divino (munus liturgicum: encargo litúrgico") e do governo pastoral (munus regendi: encargo de governar")." (CIC 1593)

Ora, percebe-se claramente que o sacerdote é um homem escolhido, em tudo diferente do homem comum. O pastor difere-se de suas ovelhas. Sendo assim, ele precisa ter também uma conduta diferenciada. Acerca do celibato, diz o Catecismo que "na Igreja latina, o sacramento da Ordem para o presbiterado normalmente é conferido apenas a candidatos que estão prontos a abraçar livremente o celibato e manifestam publicamente sua vontade de guardá-lo por amor do reino de Deus e do serviço aos homens." (CIC 1599)

Assim, o celibato é uma aliança de amor entre o Deus e os homens por Ele escolhidos. A Igreja, em sua sapiência, fornece os meios para que os homens possam viver de forma adequada esse dom. O Código de Direito Canônico, diz que:

"Cân. 276 — § 1. Os clérigos estão obrigados, por motivo peculiar, a tender à santidade na sua vida, uma vez que, consagrados a Deus por novo título na recepção da ordem, são os dispensadores dos mistérios de Deus para o serviço do Seu povo.

§ 2. Para poderem adquirir esta perfeição:
1.° antes de mais, desempenhem fiel e esforçadamente os deveres do ministério pastoral;

2.° alimentem a sua vida espiritual na dupla mesa da Sagrada Escritura e da Eucaristia; pelo que, os sacerdotes são instantemente convidados a oferecer diariamente o Sacrifício eucarístico, e os diáconos a participar também quotidianamente nessa oblação;

3.° os sacerdotes e os diáconos que aspiram ao sacerdócio têm a obrigação de rezar diariamente a liturgia das horas segundo os livros litúrgicos próprios e aprovados; os diáconos permanentes rezam-na na parte determinada pela Conferência episcopal;

4.° igualmente têm a obrigação de participar nos exercícios espirituais, segundo as prescrições do direito particular;

5.° recomenda-se-lhes que façam regularmente oração mental, se aproximem frequentemente do sacramento da penitência, honrem com particular veneração a Virgem Mãe de Deus e empreguem outros meios de santificação comuns e particulares."

Infelizmente, as práticas acima são consideradas ultrapassadas e inadequadas para o novo modelo de sacerdote que está sendo proposto. Deixar de lado estas práticas de oração e ascese e, consequentemente, o celibato, é mais uma armadilha satânica para destruir o que temos de mais sagrado. Recordemos, pois o que diz o Cânon 277, § 1:

"Os clérigos têm obrigação de guardar continência perfeita e perpétua pelo Reino dos céus, e portanto estão obrigados ao celibato, que é um dom peculiar de Deus, graças ao qual os ministros sagrados com o coração indiviso mais facilmente podem aderir a Cristo e mais livremente conseguir dedicar-se ao serviço de Deus e dos homens."

Que os servos de Deus espelhem-se nos grandes santos sacerdotes da Igreja e possam imitá-los em sua plenitude, por fim, encontrando também o céu com seu rebanho.

A Santa Alegria

 Uma das causas do afastamento de Deus pelas pessoas é a sensação de que a vida cristã é triste e que as alegrias acontecem somente após a morte do corpo.  Realmente, se os cristãos não tiverem esperança na alegria celestial, da alma após a morte, nada nos alegraria nesta terra. Que sentido teria a vida se a morte fosse realmente o fim de tudo? Uma das formas de esquecer esse triste destino seria nos embriagando de  diversas formas, assim como muitos fazem.
A alegria é uma virtude que deve ser alcançada pelos Cristãos, a fonte dessa virtude é a Esperança, nascida da fé.
A alegria é remédio para dores do corpo e refrigério para as da alma, o verdadeiro sábio aprecia uma boa piada, o místico que deseja a perfeição, consegue rir de si mesmo.
A sábia Doutora da Igreja, tão considerada por sua espiritualidade Santa Teresa D´Avila, é famosa também pelo bom humor com que tratava os que conviviam com ela, uma das historias sobre sua vida conta que ao ser retratada em uma pintura por Frei João, olhando o resultado exclamou:” Deus te perdoe, que me pintasse tão feia...!”
Nossa natureza por si só nos impulsiona a perceber quanto somos engraçados: celestiais como os anjos e terrestres como o mais simples e rastejante de todos os animais. Aspiramos a Deus em nossa alma, e a uma bela feijoada para saciar nosso corpo. Quão contraditório e engraçado é o ser humano. Esse foi o homem criado por Deus a sua imagem e semelhança. Esse Deus que manifesta o mais sincero e terno amor pela sua criação.


Cristo é a revelação máxima de Deus, através de suas palavras e gestos conhecemos o Pai. “Quem me vê, vê o Pai” (Jo 14,8). E Jesus tinha plena e ricamente todas as qualidades humanas, principalmente a inteligência e os sentimentos. Jesus era a simpatia em pessoa, atraia todos para Ele. Podemos reconhecer o bom humor em diversas passagens de sua vida contadas nos Evangelhos, uma das que melhor expressa essa realidade é a passagem dos discípulos de Emaus, que andavam tristonhos pelo caminho, quando o Senhor glorioso e ressuscitado passa a caminhar com eles até seu destino, não sendo reconhecido, passa a “ingenuamente” perguntar-lhes sobre o ocorrido, foi um amável jogo. Ainda ameaçou continuar o caminho após a chegada no destino, fazendo os discípulos “cegos” insistirem para que ficasse aquele amável ingênuo que estava alienado de fatos tão importantes. Este “ingênuo” era nada mais que o próprio Senhor a quem eles choravam pelo caminho. Leiam esta passagem com este olhar Lucas 24, 13-33.
Por mais que sinta-se o mais miserável de todos os pecadores, arrepende-te deles, os chore. Mas de Ti próprio, não Chore, não se entristeça. Ri de contente, Ri de humildade, e  recomece com ânimo maior que antes. O Senhor vive e está contigo.
"Ao qual, não o havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso;" [1Pe 1:8]


Claudia Moraes

Fontes:
Obras completas de Santa Teresa D´Avila,
Bíblia Sagrada,
Livro O Bom Humor – Hugo de Azevedo – Editora Quadrante.

Lideranças planejam nova etapa da construção da Sede Nacional



Mesmo em um momento em que e as atenções de nosso Movimento estão focadas na organização do XXX Congresso Nacional e do Encontro Mundial de Jovens da RCC, os trabalhos e articulações em prol da construção da Sede Nacional não param.
Na manhã dessa quarta-feira (20), estiveram reunidos, em Canas/SP, líderes do Conselho Nacional e a equipe de engenheiros da obra.  Na ocasião, estavam presentes o presidente do Conselho Nacional, Marcos Volcan, o diretor executivo do Escritório Nacional, Márcio Zolin, o gerente geral do Escritório, Lázaro Praxedes e o ex-presidente do Movimento, Reinaldo Beserra dos Reis.
A reunião, realizada nas dependências da Casa de Missão da RCC, teve como pauta principal definições e avaliações acerca da estrutura metálica do Centro de Eventos, edificação que já começa a ser construída.  Toda a movimentação em torno dessa etapa do projeto é impulsionada pela meta de que o Centro de Eventos seja concluído a tempo para que o Encontro Nacional de Formação de 2013 já possa ser realizado nesse local.
Sua ajuda é fundamental para a construção da Sede Nacional.
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terça-feira, 19 de junho de 2012





Vinte anos depois da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92), o Rio de Janeiro volta a ser o ponto de encontro para lideranças do mundo inteiro e sediará a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, entre os dias 13 e 22 de junho. Paralelamente a esse grande evento, de 15 a 23 de junho, acontecerá, no Aterro do Flamengo, a Cúpula dos Povos, numa oportunidade para tratar dos problemas enfrentados pela humanidade e demonstrar a força política dos povos organizados. Dentro dessa perspectiva, a arquidiocese do Rio de Janeiro, bem como a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) marcam presença ao longo do evento propondo reflexões e debates sobre a integração do homem com o mundo à sua volta.
A Rio+20 também conta com a participação da Santa Sé, que enviou uma equipe para representar o papa Bento XVI. À frente dessa comitiva está o arcebispo de São Paulo (SP), dom Odilo Pedro Scherer. Para ele, esse será um grande desafio, uma vez que a presença da Santa Sé no evento representa a palavra da Igreja.
“É uma tarefa importante porque eu irei integrar e, ao mesmo tempo, chefiar a delegação da Santa Sé, que representa a palavra da Igreja, a posição da Igreja sobre as questões tratadas na Rio+20. No entanto, com grande honra, porque é a oportunidade de apresentar o pensamento da Igreja, que tem uma grande autoridade moral no conselho das nações. Embora o Vaticano seja um Estado pequeno, a sua representatividade é muito grande e importante no âmbito das nações”, disse o cardeal.
A primeira das atividades será no dia 15 de junho, na Tenda da Paz, no aterro do Flamengo, onde haverá uma
 mesa de diálogo sobre meio ambiente e justiça social.
Dom Odilo ressaltou a forte presença da Santa Sé em eventos promovidos pelas Nações Unidas e outros órgãos internacionais. “Ela tem se feito presente através do Observador Permanente da Santa Sé nas Nações Unidas e por isso também apresenta a Santa Sé em eventos como este, que é a Rio +20. “A Igreja tem um pensamento, um olhar próprio sobre todas essas questões, uma visão sobre o homem, uma visão sobre a economia, cultura, sobre a vida e assim por diante. Portanto, são oportunidades da Santa Sé, em nome da Igreja, de estar colocando a posição, a palavra da Igreja para ajudar a servir e iluminar, e isso faz parte da missão evangelizadora da Igreja”, concluiu.
Observador Permanente da Santa Sé nas Nações Unidas

Pela primeira vez no Rio de Janeiro e com participação ativa na Rio + 20, o Observador Permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, dom Francis Chullikatt, tem uma missão importante: destacar a pessoa humana e os problemas ecológico-sociais dos países mais pobres, que, segundo ele, muitas vezes não têm voz nas grandes conferências.
Junto com dom Francis, chegaram na última terça-feira, 12 de junho, três colaboradores: padre Philip J. Bené, padre Justin Wylie e o advogado Lucas Swanepoel, que já estão participando da 3ª Reunião do Comitê Preparatório, no qual se reúnem representantes governamentais para negociações dos documentos a serem adotados na Conferência.
Em entrevista para a WebTV Redentor, dom Francis Chullikatt falou sobre o papel da Igreja na Rio+20, destacando os três aspectos do desenvolvimento sustentável: a sustentabilidade econômica, social e ambiental.
“A Igreja é muito importante no desenvolvimento destes três aspectos. Relacionado ao aspecto econômico, sabemos que a Igreja Católica sempre se preocupa com os países pobres. Quando falamos do social, sabemos que a Igreja é totalmente envolvida no crescimento da situação social do mundo. O terceiro aspecto, o ecológico, pode-se destacar, aqui no Brasil, a preocupação com a proteção da Amazônia. Nós cuidamos da natureza, porque nós católicos acreditamos na preservação”, disse.
O Observador na ONU mostrou-se preocupado em trabalhar durante a Conferência, principalmente com os países pobres, já que a Rio+20 tem dois temas centrais: “A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza”; e “A estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável”.
“Viemos mostrar especialmente aqueles que não têm voz, especialmente o povo dos países pobres. Defendemos a humanidade e as pessoas que têm a vida violentada pelo mundo. Temos que ter essa preocupação para a vida humana ser preservada”, acrescentou dom Chullikatt.

Fonte: cnbb.org.br


“NÃO PECAR CONTRA A CASTIDADE”

Talvez seja este o mandamento mais desobedecido em nossos dias. Mais do que nos demais, nesse campo a Lei de Deus é vista como mera repressão sexual, a ser abolida com a máxima urgência. Chega de ´tabus´ religiosos, dizem! Mas, para os que querem ser fiéis a Jesus Cristo, e querem ser de fato felizes, o mandamento continuará sempre de pé, pois é eterno. 
O triste espetáculo dos motéis, dos telefones eróticos, das novelas sensuais, dos filmes pornôs, da ”camisinha”, etc, atestam a decadência de uma civilização que, ousadamente, suprimiu a Lei sagrada de Deus. Calca aos pés o sagrado e afronta loucamente o Criador.
Já no Antigo Testamento o Senhor dizia a seu povo:
”Não cometerás adultério” (Deut 5,18).
E Jesus leva o preceito à perfeição:
”Eu, porém, vos digo: todo aquele que olhar para uma mulher com desejo libidinoso já cometeu adultério com ela em seu coração” (Mt 5,27-28).
O Mestre é radical neste ponto. Mas, ao mesmo tempo que é intransigente com o pecado, ama o pecador. À mulher adúltera, a ser apedrejada, Ele diz: ´vai e não peques mais´.
O nosso mundo moderno quer, à todo custo, ´adaptar´ o Evangelho aos seus prazeres. Ao que São Paulo responde:
”Não vos conformeis com este mundo, mas reformai´vos pela renovação do vosso espírito” (Rm 12,1).
Não é verdade que aqueles que profanam o próprio corpo, indefinidamente, acabam numa morte triste?
É interessante como São Paulo insiste nesse ponto.
Também sobre o homossexualismo, hoje tão defendido por muitos, a condenação da Bíblia e da Igreja é expressa.
”Não te deitarás com um homem como se fosse uma mulher: isto é uma abominação” (Lev 18,22).
”Se um homem dormir com outro homem, como se fosse mulher, ambos cometeram uma coisa abominável. Serão punidos de morte e levarão a sua culpa” (Lev 20,13).
São palavras claras, pelas quais Deus classifica a prática do homossexualismo como uma abominação.
Na carta aos romanos, São Paulo mostra a gravidade desse comportamento desordenado:
”Conhecendo Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças (…). Por isso, Deus os entregou aos desejos dos seus corações e à imundície, de modo que desonraram entre si os próprios corpos… as suas mulheres mudaram o uso natural em outro que é contra a natureza. Do mesmo modo também os homens, deixando o uso natural da mulher, arderam de desejos uns para com os outros, cometendo homens com homens a torpeza, e recebendo em seus corpos a paga devida a seu desvario” (Rm 1,21-27).
Deus ama o pecador, mas abomina o pecado.
Quando, em 1994, no Ano da Família, o Parlamento Europeu, tristemente, reconheceu a validade jurídica dos matrimônios entre homossexuais, até admitindo a adoção de crianças por eles, o Papa João Paulo II, tomou posição imediata:
”Não é moralmente admissível a aprovação jurídica da prática homossexual. Ser compreensivos para com quem peca, e para com quem não é capaz de libertar-se desta tendência, não significa abdicar das exigências da norma moral… Não há dúvida de que estamos diante de uma grande e terrível tentação” (20/02/94).
O Catecismo da Igreja também é claro nos pontos que ofendem a castidade:
Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves (Gn19,1-20; 1Tm1,10), a tradição sempre declarou que ´os atos de homossexualidade´ são intrinsecamente desordenados. São contrários à lei natural (nº 2357).
Também com referência à masturbação, defendida por muitos como “algo normal”, ensina a Igreja:
”Na linha de uma tradição constante, tanto o magistério da Igreja como o senso moral dos fiéis afirmam sem hesitação que a masturbação é um ato intrínseco e gravemente desordenado” (nº 2352).
Enfim, diz o Catecismo:
”Qualquer que seja o motivo, o uso deliberado da faculdade sexual fora das relações conjugais normais contradiz sua finalidade” (idem).
Sabemos que não é fácil a luta contra as misérias da carne, e é preciso ter caridade, respeito e compaixão pelos que sofrem desses males. É preciso lembrar´lhes que só Cristo pode dar força e libertação. Lembra´nos o Apóstolo que:
”Tudo posso naquele que me dá forças” (Fil 4,13).
Importa não desanimar na luta em busca da pureza. Sempre lutar, com a graça de Deus, até que o espírito submeta a matéria. São Pedro nos diz:
”Depois que tiverdes padecido um pouco, [Deus] vos aperfeiçoará, vos tornará inabaláveis, vos fortificará” (1Pd 5,10).
Muitas vezes pode nos parecer que a luta contra as paixões da carne sejam sem fim, ou que a vitória seja impossível. De fato, com a nossa fraqueza jamais podemos vencê-las, mas, como disse Santo Agostinho, que experimentou tão bem este combate: ”o que é impossível à natureza, é possível à graça”.
Imagem: www.sxc.hu
Somente com os auxílios da graça de Deus é que podemos vencer as misérias da nossa carne. Daí a importância de uma continua vigilância sobre nós mesmos, ao mesmo tempo em que vivemos uma profunda e perseverante vida de oração e de participação nos Sacramentos da Reconciliação (Confissão) e Eucaristia. Nestes Sacramentos, Jesus nos lava com o seu próprio sangue redentor, nos alimenta e cura a alma, a fim de que sejamos fortes contra as tentações . Nossa Mãe Maria é a Rainha da pureza e está sempre pronta a nos auxiliar nesta luta árdua. Precisamos recorrer a ela e nos colocarmos continuamente debaixo de sua proteção materna.
A luta contra as impurezas é da maior importância, não só para cada um de nós, mas principalmente porque cada batizado é ”membro de Cristo” (1 Cor12,27).
É preciso estarmos cientes de que, quando nos sujamos, sujamos também o Corpo de Cristo; aí está toda a gravidade da luxúria. Cada um de nós é parte do Corpo de Cristo, que é a Igreja; logo, o nosso pecado afeta toda a Igreja. Eis porque nos confessamos com um ministro seu, também, para nos reconciliarmos com ela.
Prof. Felipe Aquino

DESAFIOS DO NAMORO






No cotidiano do namoro são naturais as surpresas indesejáveis
Amar é uma decisão que começa no momento em que você se decide a se doar por aquele por quem você se encantou. No começo do namoro tudo é bonito, mas quando o encantamento passa, o sentimento passa a ser mais sério. Com isso também começam a despontar, junto com as qualidades, aquelas características que para o outro podem significar “defeitos”.
O mais importante, no relacionamento entre os namorados, é ter um propósito definido: “Para que estou namorando?”, “O que desejo para esta pessoa com quem estou me relacionando?”, “Quais são as coisas que preciso mudar para fazê-la (lo) feliz ao meu lado?”.
Ainda assim, no cotidiano da vida dos namorados são naturais as surpresas indesejáveis. Diante delas, a nossa primeira reação, muitas vezes, é nos desviarmos do caminho, recuarmos ou lamuriarmos sobre o ocorrido. Nesses momentos, é mais fácil pensar em abandonar o compromisso ou simplesmente deixar a situação como está… Mas a lição proposta pela vida é a de sempre conquistarmos alguns passos à frente na caminhada que estamos trilhando.
Junto com todos os nossos propósitos, cabe também a eterna disposição para enfrentarmos os desafios próprios de um relacionamento que nos direciona e amadurece para o casamento.
Fonte: www.cancaonova.com

COMO A ARTE NOS AJUDA NA RELAÇÃO COM DEUS


Em sua série de catequeses sobre a oração, o papa Bento XVI dá continuidade aos seus ensinamentos falando sobre a relação da arte e a elevação à Deus.
Queridos irmãos e irmãs:

Neste período, recordei muitas vezes a necessidade que todo cristão tem de encontrar tempo para Deus, através da oração, em meio às muitas ocupações da nossa jornada. O próprio Senhor nos oferece muitas oportunidades para que nos lembremos d’Ele. Hoje eu gostaria de falar brevemente de um desses meios que podem nos conduzir a Deus e ser também uma ajuda para encontrar-nos com Ele: é o caminho das expressões artísticas, parte dessa via pulchritudinis – “via da beleza” – da qual falei tantas vezes e que o homem deveria recuperar em seu significado mais profundo.
Talvez já tenha lhes acontecido que, diante de uma escultura, um quadro, alguns versos de poesia ou uma peça musical, tenham sentido uma íntima emoção, uma sensação de alegria; percebem claramente que, diante de vocês, não existe somente matéria, um pedaço de mármore ou de bronze, uma tela pintada, um conjunto de letras ou um cúmulo de sons, e sim algo maior, algo que nos “fala”, capaz de tocar o coração, de comunicar uma mensagem, de elevar a alma. Uma obra de arte é fruto da capacidade criativa do ser humano, que se interroga diante da realidade visível, que tenta descobrir o sentido profundo e comunicá-lo através da linguagem das formas, das cores, dos sons. A arte é capaz de expressar e tornar visível a necessidade do homem de ir além do que se vê, manifesta a sede e a busca do infinito. Inclusive é como uma porta aberta ao infinito, a uma beleza e uma verdade que vão além do cotidiano. E uma obra de arte pode abrir os olhos da mente e do coração, conduzindo-nos ao alto.
Há expressões artísticas que são verdadeiros caminhos rumo a Deus, a Beleza suprema, que inclusive são uma ajuda para crescer na relação com Ele, na oração. Trata-se das obras que nascem da fé e que a expressam. Um exemplo disso é quando visitamos uma catedral gótica: sentimo-nos cativados pelas linhas verticais que se elevam até o céu e que atraem nosso olhar e nosso espírito, enquanto, ao mesmo tempo, nos sentimos pequenos ou também desejosos de plenitude… Ou quando entramos em uma igreja românica: sentimo-nos convidados de forma espontânea ao recolhimento e à oração. Percebemos que nesses esplêndidos edifícios se recolhe a fé de gerações. Ou também quando escutamos uma peça de música sacra que faz vibrar as cordas do nosso coração, nossa alma se dilata e se sente impelida a dirigir-se a Deus. Vem-me à memória um concerto de música de Johann Sebastian Bach, em Munique, dirigido por Leonard Bernstein. No final da última peça, uma das Cantatas, senti, não racionalizando, mas no profundo do coração, que o que eu havia escutado havia me transmitido verdade, verdade do sumo compositor que me conduzia a dar graças a Deus. Ao meu lado estava o bispo luterano de Munique e espontaneamente lhe comentei: “Ouvindo isso se entende: é verdadeira, é verdadeira a fé tão forte e a beleza que expressa irresistivelmente a presença da verdade de Deus”.
Quantas vezes quadros ou afrescos, frutos da fé do artista, com suas formas, com suas cores, com suas luzes, nos conduzem a dirigir o pensamento a Deus e fazem crescer em nós o desejo de acudir à fonte de toda beleza! É profundamente certo o que escreveu um grande artista, Marc Chagall: que os pintores mergulharam seus pincéis, durante séculos, no alfabeto de cores que é a Bíblia. Quantas vezes as expressões artísticas podem ser oportunidades para lembrarmos de Deus, para ajudar nossa oração ou para converter o nosso coração! Paul Claudel, famoso poeta, dramaturgo e diplomata francês, ao escutar o canto do Magnificat durante a Missa de Natal na basílica de Notre Dame, em Paris, em 1886, advertiu a presença de Deus. Não havia entrado na igreja por motivos de fé, mas para encontrar argumentos contra os cristãos. No entanto, a graça de Deus agiu no seu coração.
Queridos amigos, eu lhes convido a redescobrir a importância deste caminho também para a oração, para a nossa relação viva com Deus. As cidades e os países do mundo inteiro contêm tesouros de arte que expressam a fé e nos recordam a relação com Deus. Que a visita a lugares de arte não seja somente ocasião de enriquecimento cultural, mas que possa se tornar um momento de graça, de estímulo para reforçar nosso vínculo e nosso diálogo com o Senhor, para deter-nos a contemplar – na transição da simples realidade exterior à realidade mais profunda que expressa – o raio de beleza que nos atinge, que quase nos “fere” e que nos convida a elevar-nos até Deus. Termino com uma oração de um salmo, o salmo 27: “Uma só coisa pedi ao Senhor, só isto desejo: poder morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida; poder gozar da suavidade do Senhor e contemplar seu santuário” (v.4). Esperemos que o Senhor nos ajude a contemplar sua beleza, seja na natureza ou nas obras de arte, para sermos tocados pela luz do seu rosto e, assim, podermos ser, também nós, uma luz para o nosso próximo.
Obrigado.
No final da audiência, Bento XVI saudou os peregrinos em vários idiomas. Em português, disse:
Amados peregrinos de língua portuguesa, uma cordial saudação de boas-vindas para todos. Procurem descobrir na arte religiosa um estímulo para reforçar a sua união e o seu diálogo com o Senhor, através da contemplação da beleza que nos convida a elevar o nosso íntimo para Deus. E que Ele os abençoe. Obrigado!

Fonte: rccbrasil.org.br

Uma historia de amor e de fidelidade!!!

MJ da diocese em missão


Serviço da Renovação Carismática Católica que busca, partir do Grupo de Oração, evangelizar, formar, assistir, orientar e motivar os jovens, dentro da identidade da RCC.