terça-feira, 23 de agosto de 2011

Mensagem do Papa para a vigília de oração da JMJ 2011

Queridos amigos!
Saúdo-vos a todos, e de modo particular aos jovens que me formularam as perguntas, agradecendo-lhes a sinceridade com que expuseram as suas inquietações, que exprimem de certo modo o anseio de todos vós por alcançar algo de grande na vida, algo que vos dê plenitude e felicidade.
Mas, como pode um jovem ser fiel à fé cristã e continuar a aspirar a grandes ideais na sociedade atual? No evangelho que escutámos, Jesus dá-nos uma resposta a esta importante questão: «Assim como o Pai Me tem amor, assim Eu vos amo a vós. Permanecei no meu amor» (Jo 15, 9).
Sim, queridos amigos, Deus ama-nos. Esta é a grande verdade da nossa vida e que dá sentido a tudo o mais. Não somos fruto do acaso nem da irracionalidade, mas, na origem da nossa existência, há um projeto de amor de Deus. Assim permanecer no seu amor significa viver radicados na fé, porque esta não é a simples aceitação dumas verdades abstratas, mas uma relação íntima com Cristo que nos leva a abrir o nosso coração a este mistério de amor e a viver como pessoas que se sabem amadas por Deus.
Se permanecerdes no amor de Cristo, radicados na fé, encontrareis, mesmo no meio de contrariedades e sofrimentos, a fonte do júbilo e a alegria. A fé não se opõe aos vossos ideais mais altos; pelo contrário, exalta-os e aperfeiçoa-os. Queridos jovens, não vos conformeis com nada menos do que a Verdade e o Amor, não vos conformeis com nada menos do que Cristo.
Precisamente agora, quando a cultura relativista dominante renuncia e menospreza a busca da verdade, que é a aspiração mais alta do espírito humano, devemos propor, com coragem e humildade, o valor universal de Cristo como Salvador de todos os homens e fonte de esperança para a nossa vida. Ele, que tomou sobre si as nossas aflições, conhece bem o mistério do sofrimento humano e mostra a sua presença amorosa em todos aqueles que sofrem. Estes, por sua vez, unidos à paixão de Cristo, participam intimamente da Sua obra de redenção. Além disso, a nossa atenção desinteressada pelos doentes e aos desamparados, sempre será um testemunho humilde e silencioso do rosto compassivo de Deus.
Queridos amigos, que nenhuma dificuldade vos paralise: Não tenhais medo do mundo, nem do futuro, nem da vossa fraqueza. O Senhor concedeu-vos viver neste momento da história, repleto de grandes possibilidades e oportunidades, para que, graças à vossa fé, continue a ressoar o nome de Cristo em toda a terra.
Nesta vigília de oração, convido-vos a pedir a Deus que vos ajude a descobrir a vossa vocação na sociedade e na Igreja e a perseverar nela com alegria e fidelidade. Vale acolher dentro de nós o chamado de Cristo e seguir com coragem e generosidade o caminho que Ele nos proponha.
A muitos, o Senhor chama ao matrimónio, no qual um homem e uma mulher, formando uma só carne (cf. Gn 3, 24), se realizam numa profunda vida de comunhão. É um horizonte de vida ao mesmo tempo luminoso e exigente; um projeto de amor verdadeiro, que se renova e consolida cada dia, partilhando alegrias e dificuldades, e que se caracteriza por uma entrega da totalidade da pessoa. Por isso, reconhecer a beleza e bondade do matrimónio significa estar conscientes de que o âmbito adequado à grandeza e dignidade do amor matrimonial só pode ser um âmbito de fidelidade e indissolubilidade e também de abertura ao dom divino da vida.
A outros, diversamente, Cristo chama-os a segui-Lo mais de perto no sacerdócio ou na vida consagrada. Como é belo saber que Jesus vem à tua procura, fixa o seu olhar em ti e, com a sua voz inconfundível, diz também a ti: «Segue-Me» (cf. Mc 2, 14).
Queridos jovens, para descobrir e seguir fielmente a forma de vida a que o Senhor chama cada um de vós, é indispensável permanecer no seu amor como amigos. E, como se mantém a amizade se não com o trato frequente, o diálogo, o estar juntos e o partilhar anseios ou penas? Dizia Santa Teresa de Ávila que a oração não é outra coisa senão «tratar de amizade – estando muitas vezes tratando a sós – com Quem sabemos que nos ama» (Livro da Vida, 8).
Convido-vos, pois, a ficardes agora em adoração a Cristo, realmente presente na Eucaristia; a dialogar com Ele, a expor na sua presença as vossas questões e a escutá-Lo. Queridos amigos, rezo por vos com toda a minha alma; suplico-vos que rezeis também por mim. Peçamos-Lhe, ao Senhor, nesta noite que, atraídos pela beleza do seu amor, vivamos sempre fielmente como seus discípulos. Amen.
Queridos amigos! Obrigado pela vossa alegria e pela vossa resistência! A vossa força é mais poderosa que a chuva. Obrigado! O Senhor, com a chuva, mandou-nos muitas bênçãos. Também nisto, sois um exemplo.
Saudação em francês
Queridos jovens francófonos, sede orgulhosos por ter recebido o dom da fé. Será ela a iluminar o vosso caminho em cada instante. Apoiai-vos igualmente sobre a fé dos vossos familiares, sobre a fé da Igreja! Pela fé, estamos fundados em Cristo; encontrai-vos com outros para a aprofundar, participai na Eucaristia, mistério por excelência da fé. Só Cristo pode dar resposta às aspirações que trazeis dentro de vós. Deixai-vos agarrar por Deus, para que a vossa presença na Igreja lhe dê um novo vigor!
Saudação em inglês
Queridos jovens, nestes momentos de silêncio diante do Santíssimo Sacramento, elevemos as nossas mentes e os nossos corações até Jesus Cristo, o Senhor das nossas vidas e do futuro. Que ele derrame sobre nós o Seu Espírito e sobre toda a Igreja para que sejamos um sinal luminoso de liberdade, reconciliação e paz para o mundo inteiro.
Saudação em alemão
Queridos jovens cristãos de língua alemã, no profundo do nosso coração desejamos aquilo que é grande e belo na vida! Não deixeis que os vossos desejos e anelos caiam no esquecimento, mas tornai-os firmes em Jesus Cristo. Ele mesmo é o fundamento que sustenta e o ponto de referência seguro para uma vida plena.
Saudação em italiano
Dirijo-me agora aos jovens de língua italiana. Queridos amigos, esta Vigília ficará como uma experiência inesquecível da vossa vida. Guardai a chama que Deus acendeu em vossos corações nesta noite: fazei com que não se apague, alimentai-a cada dia, partilhai-a com os vossos coetâneos que vivem na escuridão e procuram uma luz para o seu caminho. Obrigado! Até amanhã de manhã!
Saudação em português
Meus queridos amigos, convido cada um e cada uma de vós a estabelecer um diálogo pessoal com Cristo, expondo-Lhe as próprias dúvidas e sobretudo escutando-O. O Senhor está aqui e chama-te! Jovens amigos, vale a pena ouvir dentro de nós a Palavra de Jesus e caminhar seguindo os seus passos. Pedi ao Senhor que vos ajude a descobrir a vossa vocação na vida e na Igreja, e a perseverar nela com alegria e fidelidade, sabendo que Ele nunca vos abandona nem atraiçoa! Ele está connosco até ao fim do mundo
Saudação em polaco
Queridos jovens amigos vindos da Polónia! Esta nossa vigília de oração está permeada pela presença de Cristo. Seguros do seu amor e com a chama da vossa fé, aproximai-vos d’Ele. Encher-vos-á da sua vida. Edificai a vossa vida sobre Cristo e o seu evangelho. De coração, vos abençoo.
* * *
[Queridos jovens!
Tivemos uma aventura juntos. Firmes na fé em Cristo, resististes à chuva. Antes de ir embora, quero desejar-vos a todos uma boa noite. Que possais descansar bem. Obrigado pelo sacrifício que estais fazendo e, não duvido, que estais oferecendo generosamente ao Senhor. Vemo-nos amanhã. Agradeço-vos pelo exemplo maravilhoso que destes. Como aconteceu nesta noite, com Cristo podereis sempre enfrentar as provas da vida. Não o esqueçais! Obrigado a todos!]

(O texto não foi lido na íntegra, por causa do temporal que se abateu sobre o local, mas foi publicado oficialmente pelo Vaticano).

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

A Jornada Mundial da Juventude é um grande encontro global de jovens com o Papa que se realiza a cada três anos num lugar do mundo. Desta vez realizar-se-á em Madrid, de 16 a 21 de Agosto de 2011.

 
A Renovação Carismática Católica da Diocese de Iguatu estará sendo representada por Micaela Dias Bandeira e Bárbara Nazaré Cezar, coordenadoras da Renovação Carismática Católica da Diocese de Iguatu e do Ministério Jovem, respectivamente, que levarão no coração o desejo de partilhar com todo o mundo a esperança de muitos jovens brasileiros, em especial da nossa Diocese, que queremos assumir um verdadeiro compromisso com Jesus Cristo para a evangelização do mundo.
Intercedamos, então, por essas corajosas jovens, para que essa seja uma experiência única de aprofundamento da fé e de aproximação ao Coração de Jesus Cristo, com a oração e os sacramentos, juntamente com milhares de jovens de todo o mundo que partilham as mesmas inquietações e aspirações.


http://mjiguatu.blogspot.com/

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Participantes da JMJ 2011 ganharão Indulgência Plenária

A Igreja Católica concederá Indulgência Plenária a todos os jovens que com espírito peregrino participarem da Jornada Mundial da Juventude 2011, que acontecerá em Madri, Espanha, entre os dias 16 e 21 de agosto.

O decreto, publicado nesta quinta-feira, 11, pela Penitenciária Apostólica, salienta àqueles que não puderem ir a Madri que poderão conseguir a Indulgência Parcial a medida que, onde quer que estejam, rezem pelos “propósitos espirituais deste encontro e para o seu feliz êxito”.

Acesse
.: NA ÍNTEGRA: Decreto sobre Indugência Plenária aos participantes da JMJ 2011


“Com a alma contrita elevem as suas orações a Deus Espírito Santo, a fim que os jovens sejam motivados pela caridade e tenham a força para anunciar com a própria vida o Evangelho”, pede o Vaticano.

A Indulgência Plenária é a "remissão, perante Deus, da pena temporal devida aos pecados cuja culpa já foi apagada".

Acesse.: Cobertura da JMJ 2011
.: Mensagem de Bento XVI para a JMJ 2011

.: Site oficial da JMJ 2011

.: Veja fotos da preparação para a JMJ 2011 no Flickr


Mas o decreto ressalva que a concessão dessa Indulgência Plenária será dada apenas aos fiéis que “devotamente participarão a todas as funções sacras ou exercícios que se desenvolverão em Madri durante a 23ª Jornada Mundial da Juventude até a sua conclusão solene, fazendo, além disso, a confissão e, depois disso, recebendo a Santa Comunhão e a oração pelas intenções de Sua Santidade [o Papa]”.

E para que todos os jovens fiéis possam receber estes dons celestes, os sacerdotes legitimamente aprovados estarão a disposição para a escuta das confissões durante todos os dias da jornada.

O decreto pede para que estes sacerdotes estejam “com alma pronta e generosa”,  prontos para a receber os fiéis. E a Igreja também aconselha orações públicas para o bom êxito desta Jornada Mundial da Juventude.




quarta-feira, 10 de agosto de 2011

09/08 - Papa João Paulo II e Medjugorje

Da entrevista de Dom Paolo Hnilica, bispo eslovaco e amigo íntimo de João Paulo II, à revista alemã “Pur” de dezembro de 2004 (via Vatican Insider):
Dom Hnilica, o senhor falou com o Papa [João Paulo II] sobre os acontecimentos de Medjugorje?
Cardeal Stanislaw Dziwisz e João Paulo IIHnilica: Eu visitei o Santo Padre em 1984. Nos encontramos em Castel Gandolfo, sua residência de verão, e conversamos sobre a consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria, que realizei na Catedral da Assunção em Moscou, em 24 de março daquele ano, como Nossa Senhora de Fátima pediu. Quando contei este fato ao Santo Padre, ele ficou muito comovido e disse: “A Virgem Maria o levou até lá sob sua proteção”. Respondi: “Não, Santo Padre, Ela me levou em seus braços”. Então ele me perguntou o que eu pensava sobre Medjurgorje e se eu já estivera lá. Disse a ele que o Vaticano me aconselhara a não ir. O Papa olhou para mim e disse: “Vá a Medjugorje discretamente, como o senhor foi a Moscou. Quem pode impedi-lo?”. O Papa não me autorizou oficialmente a ir, mas encontrou outra solução. Ele me mostrou um livro sobre Medjugorje escrito por Rene Laurentin. Começou a ler alguns capítulos e observou que as mensagens de Medjugorje estão intimamente relacionadas às de Fátima. “Medjugorje é a continuação de Fátima. A Senhora aparece pela primeira vez em países comunistas por causa dos problemas que vêm da Rússia”, disse o Papa, que já tinha abraçado isso como uma missão de seu pontificado. Entendi a conexão. Após falar com o Papa, visitei Medjugorje incógnito três ou quatro vezes. Mas o bispo de Mostar me escreveu uma carta na qual pedia que eu não visitasse mais Medjugorje e que, se eu recusasse, escreveria ao próprio Papa. Parece que alguém lhe informou sobre minha visita. Porém, não havia motivo para temer o Santo Padre”.
O senhor teve alguma outra oportunidade de falar com o Papa sobre Medjugorje?
Hnilica: Sim. Falamos sobre Medjugorje em 1º de agosto de 1988. Um grupo de médicos de Milão, que examinou as crianças, veio visitar o Papa em Castel Gandolfo. Um dos médicos comentou que o bispo de Mostar prejudicou seus trabalhos. O Papa disse: “Como ele é o bispo daquela região, os senhores têm de respeitá-lo”. Então continuou em tom cordial: “Mas ele responderá diante de Deus caso esteja agindo injustamente”. O Papa então pensou por um instante e disse: “O mundo hoje perdeu o sentido do sobrenatural, isto é, o sentido de Deus. Mas muitas pessoas o redescobrem em Medjugorje através da oração, do jejum e dos sacramentos”. Este é para mim o mais forte e explícito testemunho sobre Medjugorje. O que impressionou mais especial e profundamente é que os médicos que estavam lá disseram “Non constat de supernaturalitate”, enquanto o Papa, pelo contrário, reconhecera muito antes que os eventos acontecendo em Medjugorje são realmente sobrenaturais. Através de várias fontes, o Papa chegou à conclusão de que lá se pode experimentar Deus…
Em 1991, dez anos após a primeira mensagem “Paz, Paz, Paz”, quando a guerra irrompeu na Croácia, encontrei-me novamente com o Papa e ele me perguntou: “Como o senhor pode explicar as aparições de Medjugorje enquanto a guerra flagela a Bósnia?” Realmente, a guerra era horrível. Respondi: “Parece que estamos na mesma situação com relação a Fátima. Se a Rússia tivesse sido consagrada ao Imaculado Coração de Maria, a 2ª Guerra Mundial e a disseminação do comunismo e do ateísmo poderiam ter sido evitados. Santo Padre, após o senhor ter consagrado a Rússia ao Imaculado Coração de Maria em 1984, muitas mudanças ocorreram na Rússia e o comunismo começou a cair. Nossa Senhora em Medjugorje advertiu que a guerra irromperia se não nos convertêssemos. Ninguém levou estas mensagens a sério. Talvez, se os bispos da antiga Iugoslávia tivessem aceitado mais seriamente estas mensagens, isso não tivesse acontecido. Mas é claro que isso não significaria um pleno reconhecimento da Igreja ao fato das aparições continuarem até hoje”. Então o Papa disse: “Então, Dom Hnilica, é verdade que o meu ato de consagração ao Imaculado Coração de Maria foi eficaz?” Respondi: “Certamente foi! O único problema é quantos bispos realmente realizaram aquele ato de consagração junto com o Santo Padre”.
Por que isso é tão importante?
Hnilica: Isso expressa a colegialidade da Igreja, em outras palavras, é a unidade dos bispos com o Papa que dá à consagração um significado mais profundo. Em 1978, quando Karol Wojtyla foi eleito Papa, eu o cumprimentei, mas imediatamente disse que algo ficaria faltando em seu pontificado caso ele não consagrasse a Rússia juntamente com todos os bispos. Ele disse: “Se o senhor convencer os bispos, faço isso amanhã”. Assim, após a consagração de 24 de março de 1984, ele me perguntou quantos bispos haviam concelebrado comigo. Como não pude responder à questão, o Papa disse: “Todo bispo tem que preparar sua diocese, todo padre a sua comunidade, todo pai a sua família, pois Nossa Senhora disse que os leigos devem se consagrar ao Seu Coração”.

Fonte: http://fratresinunum.com      com       http://www.rainhamaria.com.br

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Santo Afonso Maria de Ligório

Afonso de Ligório nasceu no dia 27 de setembro de 1696, no povoado de Marianela, em Nápoles, na Itália, filho de pais cristãos, ricos e nobres, que, ao se depararem com sua inteligência privilegiada, deram-lhe todas as condições e todo o suporte para tornar-se uma pessoa brilhante. Enquanto seu pai o preparava nos estudos acadêmicos e científicos, sua mãe preocupava-se em educá-lo nos caminhos da fé e do cristianismo. Ele cresceu um cristão fervoroso, músico, poeta, escritor e, com apenas dezesseis anos de idade, doutorou-se em direito civil e eclesiástico.

Passou a advogar e atender no fórum de Nápoles, porém jamais abandonou sua vida espiritual, que era muito intensa. Sempre foi muito prudente, nunca advogou para a Corte, atendia a todos, ricos ou pobres, com igual empenho. Porém atendia, em primeiro lugar, os pobres, que não tinham como pagar um advogado, não por uma questão moral, mas porque era cristão.

Depois de dez anos, tornara-se um memorável e bem sucedido advogado, cuja fama chegara aos fóruns jurídicos de toda a Itália. Entretanto, por exclusiva interferência política, perdeu uma causa de grande repercussão social, ocasionando-lhe uma violenta desilusão moral. A experiência do mundo e a forte corrupção moral já eram objeto de suas reflexões, após esse acontecimento decidiu abandonar tudo e seguir a vida religiosa.

O pai, a princípio, não concordou, mas, vendo o filho renunciar à herança e aos títulos de nobreza, com alegria no coração, aceitou sua decisão. Afonso concluiu os estudos de teologia, sendo ordenado sacerdote aos trinta anos, em 1726. Escolheu o nome de Maria para homenagear o Nosso Redentor por meio da Santíssima Mãe, aos quais dedicava toda a sua devoção, e agora também a vida.

Desde então, colocou seus muitos talentos a serviço do Povo de Deus, evidenciando ainda mais os da bondade, da caridade, da fé em Cristo e do conforto espiritual que passava a seus semelhantes. Em suas pregações, Afonso Maria usava as qualidades da oratória e colocava sua ciência a serviço do Redentor. As suas palavras eram um bálsamo aos que procuravam reconciliação e orientação, por meio do confessionário, ministério ao qual se dedicou durante todo o seu apostolado. Aos que lhe perguntavam qual era o seu lema, dizia: "Deus me enviou para evangelizar os pobres".

Para viver plenamente o seu lema, em 1732, fundou a Congregação do Santíssimo Redentor, ou dos Padres Redentoristas, destinada, exclusivamente, à pregação aos pobres, às regiões de população abandonada, sob a forma de missões e retiros. Ele mesmo viajou por quase todo o sul da Itália pregando a Palavra de Deus e a devoção a Maria, entremeando sua atividade pastoral com a de escritor de livros ascéticos e teológicos. Com tudo isso, conseguiu a conversão de muitas pessoas.

Em 1762, obedecendo à indicação do papa, aceitou ser o bispo da diocese de Santa Águeda dos Godos, diante da qual permaneceu durante treze anos. Portador de artrite degenerativa deformante, já paralítico e quase cego, retirou-se ao seu convento, onde completou sua extensa e importantíssima obra literária, composta de cento e vinte livros e tratados. Entre os mais célebres estão: "Teologia moral"; "Glórias de Maria", "Visitas ao SS. Sacramento"; além do "Tratado sobre a oração".

Depois de doze anos de muito sofrimento físico, Afonso Maria de Ligório morreu aos noventa e um anos, no dia 1º de agosto de 1787, em Nocera dei Pagani, Salerno, Itália. Canonizado em 1839, foi declarado doutor da Igreja em 1871. O papa Pio XII proclamou santo Afonso Maria de Ligório Padroeiro dos Confessores e dos Teólogos de Teologia Moral em 1950.


http://www.paulinas.org.br/diafeliz/santo.aspx?Dia=1&Mes=8